Entre o cordão de são Francisco e a coroa de são Pedro. Universidade Autónoma de Campeche. A presente busca analisa o papel exercido pelos padres doctrineros como principais intermediários entre os mundos português e indígena do méxico colonial. This study analyzes the role played by the priest parish as the main hiperlink between the Portuguese and the Native worlds during the Colony in Yucatan.
Se a conquista espiritual dos maias yucatecos foi uma corporação era complicada, mantê-los como filhos obedientes que a Igreja e a Coroa, intencionavam, revelou-se uma tarefa ainda mais difícil e complexa. Um punhado de frades bastou para converter os indígenas do méxico; no entanto, conservá-los em “polícia e urbanidade” cristãs exigiu de centenas de eclesiásticos, dispersos irregularmente ao longo e largo da geografia peninsular. Que os eclesiásticos conservassem um papel de destaque, uma vez realizada a vitória deveu-se ao teu funcionamento como intermediários, ao cuidar de ponte entre o santo e o profano e entre as autoridades e a freguesia.
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Sua tarefa era dupla, pois deviam proporcionar o bem-estar material e espiritual de seus fiéis, como esta de a sua submissão e obediência a ambas as majestades: Deus e o rei. O conhecimento dos objectivos, estratégias e estruturas dos diferentes setores da Igreja permite acrescentar a nossa visão a respeito de os processos históricos em que, de algum modo ou de outra, esteve envolvida alguma corporação ou ser eclesiástico. Esta declaração é de forma especial primordial pro tempo colonial, onde é dificultoso encontrar um site em que deixar de projectar a sombra clerical.
No caso que nos ocupa, o papel desempenhado pelos padres doctrineros no controle da população indígena, a distinção é inevitável. O que levou franciscanos e clérigos2 a manter uma permanente disputa pelas doutrinas de índios, se ambos estavam teoricamente guiados pelo mesmo supremo interesse? As concessões papais que deram origem à instituição do Patronato Régio permitiram a Coroa exercer um grande controle sobre os temas eclesiásticos. O rei, como patrono da Igreja, tinha o direito de apresentar a todos os candidatos a preencher qualquer cargo eclesiástico, traçar os limites de bispados e paróquias e autorizar a ereção de igrejas, mosteiros e hospitais.
A autoridade régia sobre o assunto os eclesiásticos americanos foi de forma especial marcada no caso da Igreja diocesana, dado que todos os seus participantes bispos, cônegos, párocos, sacristanes, e por isso por diante deviam seus postos a graça real. Mas, as ordens religiosas tiveram maiores margens de manobra que lhes permitiram defender com mais sucesso do que os diocesanos a tua autonomia. Eram organismos internacionais agrupados por volta de um governo central instituído, geralmente, em Roma e, dessa forma, próximo ao papa. Tais medidas cumpriram seus objetivos, desse modo, ao iniciar o século XVIII, a hegemonia das ordens religiosas havia diminuído consideravelmente.
As primeiras a ressentir-se dos efeitos da política bourbon foram as ordens religiosas, o setor que mais tem desafiado a Igreja, por seu poder, fortuna e autonomia. A expulsão dos jesuítas, a secularização das doutrinas regulares e visitas-reforma ordenadas a começar por Madrid, representaram duros golpes que erodiu o prestígio e a força do clero regular. Quando, em 1537, os frades de são Francisco chegaram a terras yucatecas agora gozavam de uma bem fundamentada organização no centro do México.
Os frades foram conscientes de que para o maya, como para o português, religião e cultura eram elementos inseparáveis. É sendo assim que a introdução da doutrina cristã era, por si mesma, um elemento destruidor da cultura indígena.